quinta-feira, 30 de setembro de 2010

MINHA CANDIDATA À PRESIDÊNCIA















NINGUÉM É INSUBSTITUÍVEL

Não sou da área. Quem me mandou também não é, e o texto é de autoria desconhecida.
Apenas gostei e estou repassando.
Portanto, não adianta me retornar, dar fidebeque, contestar ou espernear.


Numa sala de reunião diretor, nervoso, fala com sua equipe de gestores. Agita as mãos, mostra gráficos e ameaça, olhando nos olhos de cada um:

- "Ninguém é insubstituível."

A frase parece ecoar nas paredes em meio ao silêncio. Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça. Ninguém ousa falar nada.

De repente um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o atrevido:

- Alguma pergunta?

- Sim. E Beethoven?

- Como? - encara-o o diretor confuso.

- O senhor disse que ninguém é insubstituível. Quem substituiu ou poderia haver substituído Beethoven?

Silêncio...

O funcionário, então, fala:

- As empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas, no fundo, continuam achando que os profissionais são peças, e quando sai um, é só encontrar outro para o lugar. Quem substituiu Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Frank Sinatra? Garrincha? Santos Dumont? Monteiro Lobato? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Pelé? Paul Newman? Albert Einstein? Picasso? Essas pessoas marcaram história fazendo o sabiam fazer bem, ou seja, fizeram seu talento brilhar. Portanto, são, sim, insubstituíveis. Cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa.

Está na hora de os líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe focando no brilho de seus pontos fortes e não utilizando energia em reparar seus erros ou deficiências. Ninguém se lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo, Picasso instável, Caymmi preguiçoso, Kennedy egocêntrico, Elvis paranóico... O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos.

Cabe aos líderes de sua organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços em descobrir os pontos fortes de cada integrante. Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.

Se seu gerente ainda está focado em "melhorar as fraquezas" de sua equipe, ele corre o risco de ser aquele tipo de líder ou técnico que barraria Garrincha por ter as pernas tortas, Albert Einstein por ter notas baixas na escola em Matemática ou Beethoven por ser surdo. E na gestão dele o mundo teria perdido todos esses talentos.

Seguindo este raciocínio, caso pudessem mudar o curso natural, os rios seriam retos não haveria montanhas, nem lagoas nem cavernas, nem homens nem mulheres, nem sexo, nem chefes nem subordinados; apenas peças.

Nunca me esqueço de quando o Zacarias dos Trapalhões foi para "a outra morada". Ao iniciar o programa seguinte, Didi (Renato Aragão) entrou em cena e falou mais ou menos assim: "Estamos todos muito tristes com a partida de nosso irmão Zacarias. Hoje, para substituí-lo, chamamos.......................: Ninguém, pois nosso Zaca é insubstituível".

Portanto, nunca se esqueça: Você é um talento único. Com toda certeza ninguém o substituirá. Você é apenas um, mas ainda assim é Um. Não pode fazer tudo, mas pode fazer alguma coisa. Não pode fazer tudo, mas não se recusará a fazer o pouco que possa.

No mundo sempre existirão pessoas que lhe darão amor pelo que você é e outras que lhe darão ódio pelo mesmo motivo. Acostume-se a isso.

Colaboração Edson Kossic